25/02/2008

Ônibus para a Nove de Julho

Arrumei uma “namorada de verão”, todo mundo diz que “amor de verão não sobe a serra”, mas o meu estava dando certo e eu resolvi correr atrás. Através de contatos conheci uma menina de São Paulo, porém ela não havia me dito que morava em São Mateus (Zona Leste), peguei um ônibus de Santos para esse tal bairro e fui visitá-la.
Os dias que passei na casa dela foram perfeitos, exceto pelos quatro gatos que ela tinha (sou alérgico a gato)
Depois de quatro dias, resolvi visitar um amigo no centro da cidade (finalmente em São Paulo) e fui pegar um ônibus. Ela me levou até o ponto, mas disse apenas para pegar um que me levasse até o metrô. Passou um ônibus escrito “Nove de Julho”, logo pense que poderia economizar e, com apenas uma passagem, chegaria mais rápido!
Depois de uma hora e meia dentro do ônibus, percebi que estávamos passando por vários lugares totalmente desconhecidos. Quando eu vi estava no meio de uma favela! Já era bem tarde e ainda, estava chovendo. Resolvi perguntar para o cobrador quando iríamos chegar à Avenida Nove de Julho, mas ele logo foi me informando que estávamos no Jardim Nove de Julho, estava muito longe do meu destino.
Não tive escolha, voltei para a casa da minha “namorada”, dormi lá e no dia seguinte, resolvi não economizar e fazer o que ela disse.

Filipe Salvatore Minitti, Santos – SP.