27/02/2008

Angra dos Reis sem Energia

Em 1996, estava em Angra dos Reis com a minha família para passar a virada de ano em uma linda e confortável casa no alto da montanha, com vista para o oceano Atlântico e para as ilhas que envolvem Angra dos Reis. Estávamos todos muito felizes, usufruindo a piscina, o café da manhã era servido logo que acordávamos, ar-condicionado, árvores, flores e até passarinhos compunham a bela paisagem do local. Estávamos nos sentindo magnatas, verdadeiros shakes árabes.
Às onze horas da noite, do dia 31 de dezembro de 1996, estava tudo pronto. Mesa posta, banho tomado, ceia, champagne... De repente, a luz acabou, tudo ficou na maior escuridão, como um buraco sem frestas! Não havia luz de emergência e, muito menos, gerador! Passamos a virada a luz de velas, muito chique! No dia seguinte, sem banho também! Acreditei que se Angra ficasse em São Paulo a luz voltaria rapidamente. Ficamos dois dias sem energia! Havia crianças de colo na casa e ela não voltava!
Não tínhamos lancha para passear na época, alugamos um barco pesqueiro caindo aos pedaços, quando chegávamos nas praias, o pessoal fazia gestos para irmos embora! Fomos humilhados em plena Angra dos Reis!
Não acaba por aí, passei outros dois Anos Novos sem luz. O melhor que os dois foram no litoral Norte de São Paulo. Isso provou para mim que passar o Ano Novo em São Paulo é muito mais gelado do que no Rio de Janeiro.

Isabelle da Cruz Morone, São Paulo – SP.